Ciclo OODA: Nada supera uma boa visão estratégica

Hoje eu quero trazer uma história sobre a capacidade de agir sobre situações desfavoráveis, uma história que mostra o quanto a visão estratégica pode ser determinante para o sucesso de um negócio.

John Boyd, também chamado de “Mad Major” nasceu em 1927 e sua fama vai muito além do campo militar e hoje nós vamos entender a razão.

O combate aéreo durante a Guerra da Coreia (1950/1953) aconteceu principalmente entre os F-86 Sabres, dos EUA, e os incríveis MiG-15, da Rússia.

Comparados lado a lado, os MiG-15 são extremamente superiores aos F-86 Sabres; é praticamente como comparar um Fusca com uma Ferrari. Os caças russos eram mais rápidos, maiores e tinham mais impulso. Então é claro que houve uma verdadeira goleada russa sobre os americanos, certo? ERRADO!

As aeronaves russas foram abatidas numa taxa de 10 por 1, mas como isso foi possível? Agora entra a razão de eu ter convocado nosso querido Boyd para a conversa.

[bctt tweet=”Aquele que conseguir lidar mais rápido com a taxa de mudança, vence (John Boyd)”]

Observe, Oriente, Decida, Aja.

Então, o que será que fez os pobres F-86 terem dado um “chocolate” tão amargo nos MiG-15? Treinamento? Talvez Tática? Provável que tenha ajudado, mas o fator determinante é algo ainda mais simples e que fez toda a diferença.

Os pilotos americanos conseguiam ver melhor e agir mais rápido, pois o Sabre tinha uma carlinga em bolha enquanto o MiG era formado por múltiplos painéis de vidro com suportes que dificultavam a visão  do piloto. Ah, e os caças americanos contavam com controles de voo completamente hidráulicos, ao passo que no MiG-15 era preciso ter força de marombeiro para manobrar a aeronave.

Resultado desses “detalhes”? Os americanos conseguiam ver os inimigos primeiro e então agiam mais rápido que os pilotos chineses e norte-coreanos. Perceba que a batalha não foi vencida pela tecnologia mais moderna, mas sim pela rapidez com que a observação se traduzia em ação.

Se antecipar, fazer os ajustes necessários, tomar uma decisão e executar! Parece óbvio, mas se hoje muitas empresas fazem isso de forma quase religiosa, é graças ao Mad Major, que desenvolveu o conceito de ciclo OODA – Observe, Oriente, Decida e Aja.

De acordo com Boyd, a tomada de decisão ocorre em um ciclo recorrente de observar-orientar-decidir-agir. Uma entidade (seja um indivíduo ou uma organização) que pode processar este ciclo rapidamente, observando e reagindo ao desenrolar dos acontecimentos mais rapidamente do que um oponente, pode, assim, “entrar” no ciclo de decisão do adversário e ganhar a vantagem.

No próximo post, vou detalhar como você pode aplicar o ciclo OODA na sua startup. Sem dor, sem sofrimento e sem baixas no seu contingente.

Não se esqueça de comentar aí em baixo o que achou do artigo e até a próxima

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