Há pouco mais de dois meses, e por influência de duas séries de TV, Narcos, lançada recentemente no Netflix (droga altamente pesada e viciante), e a original colombiana, lançada em de 2012, “Pablo Escobar, El Patrón del Mal”, eu estive imerso no universo e na história do narcotraficante mais insano que o mundo já conheceu, Pablo Emílio Escobar Gaviria, também conhecido como “El Doctor”, “El Patrón”, “Don Pablito” e “o senhor da droga”.
Inicialmente a ideia aqui era traçar um perfil empreendedor do narcotraficante Pablo Escobar, mas eu não diria que ele tem bem um perfil empreendedor a ser traçado como os outros “personagens” que já falamos por aqui. Mas acho que podemos citar algumas características na trajetória “empreendedora” dele, que sim, são características plausíveis de análise.
Essas duas séries me despertaram o interesse em pesquisar um pouco mais sobre a história e trajetória de Escobar. Uma história realmente fascinante. Uma história que cravou na Colômbia uma marca que jamais se apagará.
Quem foi Pablo Emilio Escobar Gaviria
Colombiano, natural de Rionegro, e terceiro filho de sete do fazendeiro Abel de Jesús Escobar e Hermilda Gaviria, Pablo Escobar provou em alguns episódios da sua adolescência que sempre teve certo feeling para os negócios. Obscuros, porém, não podemos negar que ele sim, tinha feeling e sabia ganhar dinheiro. Muito dinheiro, por sinal. Dinheiro pra caralho! La platica, como ele se referia, carinhosamente.
Pablo Escobar, desde muito cedo foi uma pessoa extremamente ambiciosa e começou logo na adolescência a buscar por sua independência financeira. Mesmo que de forma ilegal e bastante criminosa, o jovem Pablo Emílio Escobar Gaviria não se contentava com pouco.
Vamos lá…
Pablo Escobar tinha um objetivo claro e lutou – da forma dele – para conquistá-lo
Aos 25 anos de idade, em uma conversa com seu primo mais próximo, e administrador de todos os lucros do que viria ser o famoso Cartel de Medellín, Gustavo Gaviria, e alguns amigos, ele traçou uma meta, e prometeu que, se não conseguisse 1 milhão até os 25 anos de idade, cometeria suicídio. Não é lá um exemplo muito interessante a ser citado e, muito menos, seguido, mas serve muito bem para entender que saber definir o objetivo nos negócios, seja qual for o seu mercado, e ter foco para conquistá-lo, é preciso definir metas e assumir riscos.
No caso de Pablo Escobar, a própria vida. Bom, já citei o fato de estarmos falando de uma pessoa insana, certo?
Prossigamos…
Pablo Escobar era uma pessoa inteligente e criativa: ele fazia as oportunidades
No livro, “Pablo Escobar – A Ascensão e Queda do Grande Traficante de Drogas” – Salazar Jr., Alonso. o autor conta um pouco dos vários negócios em que Pablo Escobar esteve envolvido ao longo da sua trajetória de riscos, antes de se tornar o maior traficante de coca da Colômbia, sendo um dos primeiros, a venda de cigarros contrabandeados. Não deu muito lucro e a correria não compensava.
Não satisfeito com o “empreendimento” e os baixos lucros com a venda de cigarros contrabandeados, ele investia em vários outros ramos criminosos paralelos, sendo um deles, e o principal citado no livro que disse logo cima, a confecção de lápides. Pelo menos uma das versões contadas por um dos seus irmãos, Roberto Gaviria, diz isso: eram lápides legais.
Existem versões que também defendem o fato de que as lápides eram comercializadas direto de donos de cemitérios, cujo os clientes paravam de pagar pela manutenção. E, também, creio eu, a mais assertiva das versões, que as lápides eram roubadas.
Pablo Escobar e seu primo Gustavo Gaviria, começam uma fábrica de Lápides que, obviamente, não funcionava de forma legal, e a busca por recursos para que o negócio prosperasse, não poderia ser diferente.
Um mercado de nicho, que acabou, por ironia do destino, lucrando indiretamente com suas ações futuras.
Pablo Escobar tinha Visão de Oportunidade
Não satisfeito com o “mercado”, e prevendo uma queda nas vendas do “setor de lápides” (nem todo dia morre alguém), ele implementou uma espécie de “plomonía” (morte por balas de chumbo), nova estratégia adotada por Pablo, Gustavo e seu bando, que aumentaria os lucros com a venda de lápides.
Macabro, mas não deixa de ser uma visão em prol do crescimento do negócio em questão.
Pablo Escobar tinha orgulho do próprio nome
Por fim e, na minha opinião, a mais importante de todas as características que Pablo Escobar tinha, e essa sim, pode ser seguida, é o orgulho que ele tinha orgulho do próprio nome.
Sempre que se apresentava, Escobar fazia questão e gostava de pronunciar em alto e bom tom o seu nome completo. Nome que, infelizmente, viria a ser mundialmente reconhecido pela insanidade de seus atos e que marcaria um país inteiro com o terrorismo em prol de construir o Império Escobar, que aterrorizou a Colômbia nos anos 90.
São muitas as histórias e referências insanas, e ao mesmo tempo curiosas, que poderia descrever por aqui, mas, para finalizar, gostaria de deixar uma dica para quem se interessar em conhecer melhor a trajetória de Pablo Escobar Escobar Gavíria. Se você gostou de Narcos, assista também assista a “Pablo Escobar, El Patrón do Mal”, série original colombiana criada em 2012 (tem no Netflix). Narcos é uma excelente série, mas distorce bastante alguns fatos importantes da história original.
E se você tem o hábito de ler, “Pablo Escobar – A Ascensão e Queda do Grande Traficante de Drogas” – Salazar Jr., Alonso.” pode ser uma excelente leitura complementar. Ah, A imagem que ilustra o post é o ator Andrés Parra e não do Pablo Escobar.
Até o próximo post.
