Categoria: Comunicação & Marketing

Marketing Digital: como “vender” o serviço?


No JobCast 26, vamos conversar um pouco sobre um erro bastante comum entre profissionais de Marketing Digital: a falta de objetivo e preocupação com o alinhamento de entrega e expectativas entre empresa x profissional de Marketing Digital.

É muito comum, principalmente com quem está iniciando a sua carreira no mercado digital, querer impressionar o cliente em um primeiro contato, oferecendo inúmeras soluções estratégicas, esquecendo do principal: perguntar para o cliente qual o objetivo dele, e por que ele está interessado em começar atuar com Marketing Digital.

Ou, em alguns casos mais graves, em arrumar a bagunça que o cliente mesmo começou a fazer no ambiente digital da própria marca e não conseguiu mensurar os resultados.

Listei alguns pontos básicos, mas extremamente importantes, sobre como, na minha opinião, você pode evitar que alguns erros aconteçam no decorrer da negociação ou apresentação de resultados quando sua experiência com Marketing Digital for reconhecida e solicitada.

Saiba escutar antes de falar sobre Marketing Digital

Você é profissional de Marketing Digital. É você entende de Marketing Digital, certo?

Certo.

Se você entende isso, conclui-se que, salvo raras exceções, quem entende do negócio do seu cliente é ele, não você. Você não se irrita quando o cliente pensa que entende sobre Marketing Digital? O sentimento, provavelmente, é recíproco.

Mesmo que você tenha feita uma pesquisa sobre o nicho de mercado do cliente/prospect (o que é recomendado), você precisa ter claro na sua mente, que você não entende melhor do que ele do negócio dele.

Repito: você entende de Marketing Digital e está ali para solucionar ou sanar alguma necessidade através da sua expertise.

Resumindo: saiba escutar o que o seu cliente tem para falar. Absorva a demanda. Você é o estrategista. O seu cliente, o soldado. Você define as estratégias, mas quem vai pro campo de batalha é o seu cliente.

Contenha o palestrante de Marketing Digital que há em você

Não é palestra; é negociação.

Depois que você escutou e entendeu o que o seu cliente espera do investimento ao contratar um profissional – ou uma agência – de Marketing Digital, é hora de você entrar em ação. No entanto, muito cuidado, essa é a hora em que muitos profissionais tendem a errar.  Eu, inclusive, errei muito nesse ponto.

Prossigamos…

Se você já escutou e absorveu algumas das necessidades do cliente, tente ser o mais objetivo e sucinto nas suas ideias e na proposta de soluções que você vai oferecer para ele. Marketing Digital é coisa séria e deve ser tratado e entendido com responsabilidade entre ambas as partes.

Se você cismar em palestrar sobre tudo que sabe sobre Marketing Digital, eu temo dizer que o máximo que vai acontecer é você inflar as expectativas de ambas as partes e, o risco de frustração será muito maior.

Alinhe bem quais são metas do seu cliente. Não seja o surfista amador que eu disse no post sobre a importância no entendimento sobre métricas, metas e KPIs no Marketing Digital.

Como diria Michael Porter:

“A Melhor estratégia começa com a definição correta do objetivo”.

Alinhamento de expectativas x resultados

E, por fim, visto que você entendeu a importância dos pontos abordados alguns parágrafos acima – e no vídeo – , e compreendeu que a conexão que precisa existir em uma reunião de negócios entre cliente x profissional, precisa ser objetiva, ter início, meio e fim, é hora do grand finale.

O grand finale, que talvez seja a parte mais simples, no entanto, mais importante em um processo de negociação, é o alinhamento de expectativas sobre o ROI (Return On Investment) que o seu cliente/prospect vai ter ao te contratar como profissional de Marketing Digital.

Esse alinhamento precisa ser ficar claro em ambas as partes para que não haja frustrações. Resumindo: você precisa entregar o que foi acordado. Nem mais, nem menos. Simples assim.

Bom, eu vou ficando por aqui.

Espero que este conteúdo tenha te ajudado de alguma maneira sobre como agir nas próximas reuniões. 😉

A partir de hoje, e inspirado pelo bate papo do Estevão Soares com o Gabriel Leite, vamos falar mais vezes sobre alguns erros comuns que acontecem no Marketing Digital.
Erro que cometi. Erros que vejo acontecer. Enfim, vamos falar sobre erros para ajudar o mercado a evitá-los. Se você assistiu, ou leu até aqui, muito obrigado pela sua atenção.

Marketing Digital: cuidado com as falsas promessas oferecidas

Se você trabalha com Marketing Digital, ou envolvido e participa de alguma maneira com a comunidade de profissionais que atuam com comunicação digital, com certeza já deve ter se deparado com algumas das abordagens citadas no vídeo.

O Marketing Digital deve ser levado a sério

 

Não é a minha ideia, de maneira alguma, diminuir ou falar mal do trabalho alheio. A ideia, ao abordar este tema, é alertá-los com relação a algumas – muitas – ofertas de capacitação meio duvidosas  que tem aparecido com frequência no mercado digital, cujo o único objetivo é vender um produto, muitas vezes, prometendo soluções imediatas para “vender mais” e “alavancar” o seu negócio. Ou, na pior das hipóteses, começar um negócio do “absoluto zero” e conseguir prosperar, usando as estratégias oferecidas 100% grátis, 100% online e recheados de bônus especiais e presentes. Cuidado. Não conheço o produto final dessa turma, mas as estratégias formatadas para o convencimento, sim. E são manjadas.

Trabalhar cm Marketing Digital exige disciplina e estudo. MUITO Estudo

 

Não existe fórmula mágica quando estamos falando de Comunicação e Marketing Digital. O que existe é estudo. Muito estudo. Testes, erros, acertos, novos erros, novos acertos. Mais estudo e por aí vai…

Por mais que lidemos com números, e eles são muito importantes, é claro, a partir do momento em que lidamos com pessoas,  a ciência deixa de ser exata e passa a ser uma ciência que precisa de olhar clínico sobre um dos principais, se não principal fator que move o mercado, seja ela no ambiente online ou não: o comportamento.

Não estou aqui dizendo para você não investir em capacitações online. Muito pelo contrário, se eu tenho uma dica para deixar aqui é: invista em capacitações online. Tem muita gente séria produzindo conteúdo bom e relevante sobre Marketing Digital. Alguns gratuitos, outros pagos. A mensagem que gostaria de deixar aqui é para que vocês sejam criteriosos e não caiam nas falácias de ofertas imediatistas e oportunistas que visam apenas o lucro do “empreendedor digital”  que está vendendo.

O Marketing Digital além das ferramentas

O Marketing Digital evoluiu. Essa turma que usa e abusa de estratégias forçadas pra ganhar dinheiro fácil tem os dias contatos. Empresa séria muitas vezes sabe reconhecer o profissional que realmente tá no campo de batalha. Sabe que não dá mais pra fazer de Marketing Digital de maneira tão simplista e sem planejamento.

Não existe receita de bolo no Marketing Digital

 

O Mercado Digital não é uma junção e ingredientes que você coloca numa forma de bolo,  espera e colhe o resultado. Não mais.

Acho que já disse isso por aqui algumas vezes, mas automação sem estratégia e planejamento não funciona. Um exercício bastante simples e que você mesmo pode fazer agora mesmo, é observar a quantidade de gente vendendo cursos de Marketing Digital e Mídias Sociais que prometem, e garantem pra você, que você vai vender mais por determinada rede social. Já vi gente falando que conhecer a persona do negócio é estratégia certeira pra vender mais, COM CERTEZA. Vamos com calma, jovens padawans, o caminho até se tornar um Jedi é longo, estratégico e exige muito estudo e disciplina. Eu arriscaria dizer que disciplina é o primeiro passo.

As “certezas” oferecidas em alguns cursos de Marketing Digital

 

Já abordei a importância da definição das personas dentro das estratégias de Marketing de Conteúdo, mas a relação entre persona e a venda é apenas um dos ativos responsáveis, dentro do contexto geral e posicionamento da marca, que podem, ou não, servirem para serem aplicadas em estratégias com foco em conversão direta. No entanto, para dar essa certeza, o profissional responsável precisa precisa de bem mais do que entender sobre personas ou estratégias separadas.

Resumindo, muito se fala em vender mais, alavancar negócios e pouco se fala mercado, comportamento de consumo, análise, planejamento. Falta transparência nesse meio e não é de hoje.  Atuar com Marketing Digital exige maturidade e transparência.

Para finalizar, gostaria de ressaltar, novamente, que a ideia aqui não é dizer que vocês não devem investir em capacitações disponíveis online. A minha ideia com esse conteúdo é plantar uma sementinha da curiosidade para que vocês sempre sejam criteriosos ao investirem em cursos online, pois gente que se acha esperta nesse mercado digital “sem portêra” é  o que mais tempo por aí.

Seu tempo e seu dinheiro não caem do céu e o mercado só terá a ganhar com profissionais que investem com responsabilidade na profissão.

Eu vou ficando por aqui.

Espero que as dicas tenham ajudado e até o próximo conteúdo. 😉

Marketing Digital para Iniciantes: não seja preguiçoso


Na vigésima segunda edição do JobCast, como prometido no Facebook do Joga o Job, vamos iniciar uma série de dicas sobre Marketing Digital para iniciantes.

Marketing Digital: evite ser preguiçoso

O meu objetivo com essa série de vídeos é apenas um: ajudar quem esta começando a atuar com Marketing Digital – ou quem já está há algum tempo, mas ainda sisma, muitas vezes por preguiça, em cometer alguns pequenos erros que podem comprometer a trajetória profissional e os resultados de entrega para o cliente que ele se dispôs a atender.

No JobCast, eu uso uma frase do Estevão Soares, para “nortear” o meu raciocínio, sobre um dos principais “erros” cometidos profissional que está iniciando com o Marketing Digital, mais especificadamente, usando as mídias sociais como principal ferramenta de comunicação da empresa: se entregar para as facilidades oferecidas pelas plataformas de redes sociais e esquecer de estudar o meio digital social online como algo mais amplo.

Resumindo, vejo bons jovens padawans entrando no mercado digital e tendo certa preguiça de explorar os recursos avançados das plataformas. Ou, pior, enxergar e concentrar todas as estratégias de Marketing Digital nas redes sociais, acreditando que existem apenas elas como possibilidade. Mas isso é papo para um próximo JobCast.

Marketing Digital: acessibilidade vs. Profissionalismo

Essa é a hora que eu, talvez, vá gerar desconforto em você que está lendo. Mas nós precisamos entender que a premissa básica de qualquer rede social, é e sempre será o relacionamento entre as pessoas.

As plataformas não foram criadas especialmente para profissionais de Marketing Digital. Elas são criadas paras as pessoas. E, como nós sabemos, existem inúmeras outras profissões importantes e que precisam inserir de forma mais eficaz a sua mensagem no ambiente digital.

Direto ao ponto: não é o mundo inteiro que trabalha com comunicação digital e redes sociais, logo, não seria nada democrático – e nem rentável para a plataforma, óbvio – limitar a oferecer apenas  os recursos avançados e para os profissionais de Marketing Digital.

Por isso, quando o Facebook lança um botão azul, gigante, dizendo para você impulsionar uma publicação, a plataforma está se comunicando com o usuário leigo, e oferecendo a oportunidade daquele usuário ampliar a mensagem do conteúdo dele, de forma simples e sem, necessariamente, ter que procurar um profissional de Marketing Digital que faça isso para ele.

Por isso, eu diria que, na minha opinião, os recursos que eu disse para você evitar, no vídeo, podem ser vistos como recursos democráticos para que todos possam ser felizes pra sempre, independente de ter, ou não, um profissional de Marketing Digital ao lado para chorar as mágoas dos poucos likes naquele poste motivacional, que você jurava que iria “bombar”.

Se você leu até aqui, muito obrigado pela sua atenção e até o próximo JobCast.

Pokémon Go não é apenas um jogo! | JobCast 19

Sim! No JobCast 19 o assunto foi o Pokémon Go! Se você é o tipo de profissional que ainda acha que Pokémon Go trata-se um joguinho para crianças, eu recomendo continuar a leitura (ou não).

Cabe a nós, profissionais de comunicação, entendermos que é hora de aplicar uma visão além da tecnologia, quando formos analisar o fenômeno chamado Pokémon Go.

O evento social em torno do aplicativo, envolve pessoas. Muitas pessoas. Só isso já seria motivo de sobra para uma atenção especial dos profissionais de Comunicação.

Chega a ser constrangedor, mas eu ainda me deparo com profissionais se posicionando de maneira tão conservadora – ou atrasada – quanto aquelas empresas que batem no peito para falar de suas décadas de existência no mercado, mantendo a mesma linha e comunicação e não entendendo que o cenário mudou.  Ou melhor, vem mudando diariamente.

Pokémon Go: a relação usuário x aplicação social é mais ampla do que imaginamos

Precisamos entender um pouco mais sobre a tecnologia em entorno do aplicativo?  Sim, é claro!  Mas a nossa visão, agora, precisa ser uma visão mais antropológica do que prática. A relação usuário x aplicação social ganhou uma proporção que precisa de uma atenção especial. Sim, há 21 anos atrás, o designer de jogos, Satoshi Tajiri criou para a Nintendo: o Pokemon, que foi distribuído inicialmente para o Game Boy com desenvolvimento da empresa Game Freak. OK. Naquela época o público alvo foram as crianças. Só que essas crianças cresceram e, as crianças hoje em dia são os adultos que estão na rua procurando os Pokémons. Abaixo, um vídeo que publiquei no Facebook do Joga o Job, sobre o surgimento dos Pokémons.

Pokémon Go vs. Olimíadas na busca

Eu confesso que ainda não me aventurei no jogo. Talvez, por não conhecer muito bem o contexto. Mas ainda vou testá-lo. Tenho certeza que é um jogo divertido. Caso contrário, meio mundo não estaria falando sobre como capturar Pokémons.

O gráfico abaixo, mostra um comparativo de interesse das pessoas na busca: Pokémon Go vs. ,  Jogos Olímpicos, o maior evento esportivo do mundo, na semana de abertura o evento.

pokemongo-olimpiadas


Pokémon Go é um jogo extremamente simples, se pararmos para analisar a dinâmica. No entanto, podemos considerá-lo o primeiro grande passo certeiro quando o assunto é a soma da realidade aumentada com geo-localização e uma pitada – baita pitada – de nostalgia. O Cristiano Santos publicou um texto bem legal no LinkedIn Pulse dele, falando sobre Pokémon Go e relação Network + Realidade Aumentada, que pode complementar um pouco do que estou abordando por aqui hoje. 🙂   

Lembro perfeitamente de uma experiência que eu tive com realidade aumentada com uma campanha da Doritos, em 2009, se eu não me engano. A Doritos “aprisionou” alguns monstrinhos nos pacotes para que os consumidores pudessem libertá-los e colecioná-los, com direito a uma carteirinha e a possibilidade de dar o nome para o monstrinho resgatado. Segundo a CUBOCC, agência responsável pela ação, foram mais de 200.000 variações de monstrinhos.

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A ação também era integrada com o Orkut. De todas as ações que eu acompanhei, na época, aquela foi a que eu tive uma experiência tão bacana (pra época) que até hoje eu não me esqueço. Experiência também é a palavra chave do Pokémon Go. Tanto a que você precisa ganhar para evoluir, quando a experiência de toda a gamificação do aplicativo.

A ação da Doritos era algo bem mais simples que o Pokemon Go, claro. Mas eu diria que foi uma das primeiras ações criativas usando a realidade aumentada, diretamente ligada a venda no produto, onde para capturar o monstrinho, a pessoa precisava sair de casa, ir o ponto de venda e comprar o pacote de Doritos. 

E, agora, com o Pokémon Go, temos novas possibilidade de observar a realidade aumentada, movendo uma sociedade inteira para as ruas, e algumas pessoas insistem em dizer que é apenas um jogo de criança. Desculpa, amigo, mas realmente não é apenas um jogo de criança.

Precisamos analisar todo esse evento social com olhar mais clínico e criterioso quando a gente for falar de uma aplicação como Pokémon Go, tanto para negócios como para entretenimento.

Um jogo que está tirando as pessoas de suas casas e levando elas a irem em determinados pontos, considerando que alguns dos pontos podem ser estabelecimentos comerciais, é algo bem relevante para muitos negócios. É hora de usar e abusar da criatividade para fazer com que o caçador de Pokémon sinta-se a vontade e reconheça o seu ponto de venda como um lugar divertido e que está do lado dos caçadores de Pokémon.

Além da oportunidade da aplicação do jogo nas estratégias de negócios já existentes, e geração novos negócios, o Pokémon Go vem desencadeando uma onda de coisas realmente positivas, como o caso do Hospital C.S Mott Children’s, que tem usado o aplicativo pra tirar as crianças da cama. O hypescience.com fez uma lista de alguns efeitos positivos que o Pokémon Go vem desencadeando que vale a pena dar uma olhada, clicando no link laranja. Se eu for listar por aqui, post vai ficar mais longo do que j´se apresenta. =P

Faça como eu disse no vídeo, vivencie a experiência do usuário como uma visão mais estratégica e veja como você poderá usufruir profissionalmente o Pokémon Go. Até porque isso é apenas o início e esse foi o ponta pé para os próximos que ainda virão.

Eu vou ficando por aqui e, se você leu até aqui, muito obrigado pela sua atenção!
Até o próximo JobCast.